Autismo não é doença
A Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) é uma condição relacionada com o desenvolvimento do cérebro que afecta a forma como a criança percebe o mundo e se relaciona com ele.
Dessa forma, as crianças podem ter dificuldades de interacção social e de comunicação.
Perturbação acontece quando a saúde está alterada, mas não está associada a uma doença. Geralmente, está ligada à saúde mental e envolve casos relacionados com o cérebro. O termo é usado para descrever anormalidades ou comprometimentos de ordem psicológica e mental. Como exemplos temos a Perturbação Bipolar, a Perturbação Obsessiva Compulsivo e a Perturbação Ansiosa.
Por é que o autismo é considerado uma perturbação?
De acordo com o último Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Perturbação do Espectro do Autismo "é definido pela presença de défices persistentes na comunicação social e na interacção social em múltiplos contextos". Além disso, apresentam padrões restritos e repetitivos de comportamento. Por isso, têm comportamentos sensoriais incomuns, interesses restritos, fixos e intensos. No dia-a-dia, essas mudanças e situações geram medo, ansiedade, irritabilidade e podem causar crises e choros.
Dessa forma, o autismo não se encaixa na definição de doença, mas é considerado uma perturbação que pode ser melhorada e tratada para que a criança possa adaptar-se ao convívio social e às actividades gerais.
Para melhorar a qualidade de vida e a interacção social, as terapias mais aconselhadas são as que promovem o acompanhamento do comportamento e que tentam melhorar as vias de comunicação.
É claro que, quanto mais depressa se detecta e se inicia o tratamento, melhor, pois o cérebro da criança mais nova está mais apto a realizar mais conexões neuronais. Logo, maiores serão os progressos nas relações afectivas e nas actividades diárias.